Iogurte caseiro? A primeira vez que vi isto na televisão fiquei deslumbrada! Como é que era possível tal coisa? A partir desse momento pesquisei bastante sobre o assunto, vi diferentes receitas, li diferentes opiniões. Posso dizer que houve uma altura em que só pesquisava isto (eu quando começo curiosa sobre alguma coisa tenho de ir até ao fundo da questão).
Para quem não conhece, digo já as vantagens: é amigo do ambiente porque os copinhos de vidro são sempre reutilizados, é mais barato e é bonito (falo por mim porque achei todo o processo tão simples embora não tenha conhecido ninguém que o faça, sem ser na internet). E mais uma coisa: sabemos tudo o que lá pomos dentro.
Primeiro: lição de ciências (prometo que será curta). Vou explicar como o iogurte se cria (eu disse que gostava de pesquisar sobre tudo).
Existem dois tipos de bacterias que tornam possível o iogurte: Streptococcus thermophilus e Lactobacillus bulgaricus. Elas “comem” a lactose do leite e libertam ácido láctico (que causa a coagulação do leite). Estas bactérias adoram viver em ambientes quentes (por volta de 40ºC).
É uma maneira simples de explicar tudo isto mas não é exaustiva.
Agora vamos à receita.
Eu costumava fazer os meus iogurtes caseiros no forno mas o meu namorado comprou-me isto recentemente: (obrigada!). De qualquer forma explicarei como fazê-lo sem uma iogurteira.
Como fazer iogurte caseiro
- Aqueça um litro de leite com 100ml de açúcar (se gostar deles sem açúcar pode tirar, eu simplesmente não os consigo comer sem açúcar) e 100ml de leite em pó (para que o iogurte seja cremoso)
- Aqueça o leite até chegar aos 60ºC/140ºF. Eu tenho um termómetro (agora agradeço ao meu irmão) mas se não tiver um basicamente tem de ser capaz de deixar o dedo no leite por cerca de 2 segundos, se não conseguir já está muito quente (neste momento a precisão não é muito crítica por isso não há problema).
- Agora é tempo para esperar até a temperatura do leite chegue a aproximadamente 42ºC. A temperatura do leite deverá ser como um banho quente, não demasiado quente ou poderá matar a bactéria (nas primeiras vezes é melhor deixar arrefecer mais um pouco se não tem a certeza, pode arriscar-se a ficar só com leite no final).
- Quando chegar à temperatura pretendida, adicionar as bactérias que vão fazer todo o seu trabalho. Onde vamos encontrar bactérias? No iogurte claro! Eu uso um iogurte natural de 120gr (iogurte com sabor pode não dar tão bons resultados). Precisará também de uma varinha mágica ou de uma vara de arames para misturar tudo.
- Depois de mexer, fica um pouco de espuma no leite, eu tiro-o porque deixa uma textura esquisita no iogurte.
- Ferva água e despeje para uma taça de plástico. Eu uso isto para esterilizar os meus frascos de vidro.
- Tire os frascos de vidro e ponha o leite em cada um deles. (Diverti-me a tirar estas fotos)
- Iogurtes prontos para ir. Pô-los dentro da iogurteira e esperar. Convém cobrir a iogurteira com uma toalha para reter o calor.
Iogurtes caseiros no forno
Neste método é necessário trabalhar um pouco mais rápido para que os iogurtes não arrefeçam depois da esterilização. Para fazer iogurtes no forno, recomendo pôr um saco isotérmico dentro de outro saco isotérmico e enchê-los de toalhas e dentro das toalhas pôr os iogurtes. Isto para tentar manter o calor o mais possível. Põe-se num forno que tenha aquecido até aos 50ºC e que tenha sido, depois disso, desligado.
Deixe a bactéria sozinha cerca de 7 a 12 horas. Quanto mais tempo deixar o iogurte fermentar mais ácido ele ficará (leia a mini lição de ciências acima).
Saboreie o iogurte! Eu sei que o farei 🙂 Os meus estão na iogurteira agora.
Já tentaram fazer o vosso iogurte em casa? Se sim, usaram esta receita? Contem-me as vossas experiências!