Passou algum tempo desde que escrevi algo deste género. Poderia dizer que a partir de agora irei escrever um todos os meses mas estaria a mentir, sem promessas. Sinto que a minha mente está a consumir-me de uma maneira que não sou capaz de passar tempo a fazer alguma coisa.
Não acho que a sociedade de hoje e a minha forma de ser sejam compatíveis. A sociedade de hoje é de muitas partilhas, a mostrar todas as coisas que podes fazer, e eu sou aquela pessoa que quero fazer tudo – por isso necessito de evoluir porque eu é que estou mal. E quando falo de projetos, não digo coisas extraordinárias, falo de coisas tão simples como projetos de artesanato, a minha lista de coisas para fazer continua a crescer mas o meu tempo não. Eu já tenho muitas ideias mas depois há aquela quantidade de coisas que eu nem sabia que existia e agora quero fazer também. Isto faz sentido? Para mim faz muito!
Acho que estou muito melhor agora do que estava há uns meses atrás, não é fácil e continuo a sentir-me assoberbada com frequência mas tenho tentado educar-me a aceitar que não posso fazer tudo. O meu ser idealista e positivo não quer aceita isso mas ao mesmo tempo, sentir constantemente que o meu tempo está a esgotar-se também não ajuda. Por isso sim, estou a responsabilizar-me por criar barreiras porque chegou a um ponto que não queria fazer nada – tudo era uma tarefa, tudo era mais uma coisa para fazer, algo que me deixava entusiasmada imediatamente tornava-se num “tenho de”. Era, e ainda é, tão mau que aos fins de semana eram 2 da tarde e eu já estava a pensar que o dia estava a acabar, que devia fazer estas coisas que tinha pensado fazer mas já não tinha tempo.
Há tantos “devias” na minha vida que não consigo controlar, não preciso de arranjar mais sozinha certo? É engraçado como no trabalho consigo ser prática e ignorar todas as interferências mas sou incapaz de o fazer com projetos pessoais. É vida, ninguém é perfeito.
Penso nisto durante horas mas é sempre difícil escrever, mesmo no meu próprio diário, nem sempre sou capaz de escrever estes sentimentos e só agora, passando tanto tempo, é que vou conseguindo materializar isto em palavras.
Dito isto, tenho-me sentido muito melhor ultimamente, passei DIAS a costurar e foi brutal, não estava a dizer “devia” a mim mesma. Passei DIAS na cama a ler e não comecei a marterizar-me por isso (sim eu tenho tendência de dizer que sou preguiça se não estou a fazer alguma coisa – eu sei quão mau isto parece…). Estou a escrever este post porque quero, não porque “devia” escrevê-lo. Pus todas as minhas listas de tarefas guardadas a sete chaves e decidi que não vou fazer nenhuma neste momento. Tenho mais de 10 vídeos no Youtube para editar e decidi que um dia hei-de o fazer – até lá, sempre que me apetece vou editando e fazendo upload para o Youtube mas não publico porque não me tem apetecido fazer thumbnails, YAY por ignorar o meu ser que quer tudo. Também tenho uma quantidade de posts em rascunho, que comecei a escrever e nunca terminei, talvez um dia. É engraçado que a única coisa que não tenho dito “devia” a mim mesma, é a única coisa que continuo a ser mais ou menos consistente – o meu podcast de artesanato – gravo quando me apetece e falo durante 30-40, entusiasmada por partilhar os meus projetos, ignorando toda a minha falta de eloquência e os constantes hums que faço em cada vídeo.
E agora que já desabafei, vamos passar para coisas menos filosóficas!
Maio começou com um casamento que aconteceu num dia mais frio do que os outros casamentos a que fui. Sempre levei o mesmo vestido a todos os casamentos que fui: este vermelho que comprei na Zara em 2016. Adoro-o e acho que me fica muito bem mas este ano, ainda ia estar um pouco de frio para levar este vestido – tinha de arranjar algo que o tornasse mais quente. Acabei por decidir levar um blazer da minha mãe, não gostava assim muito de como me ficava mas sou teimosa e não queria arranjar outro vestido para o casamento. Nas minhas divagações a tentar adormecer, lembrei-me deste cachecol que a minha mãe me deu há uns tempos e como bem ficava com uma malinha que tinha trazido do mercado de trocas do @letswap.pt. Fiquei tão mais satisfeita e confiante com este conjunto! Às vezes temos mesmo tudo o que precisamos, não precisamos de comprar algo novo. É algo difícil de lembrar quando estamos sempre a ser bombardeados para comprar algo novo. O casamento foi muito divertido e foi estranho não haver máscaras como se o covid não tivesse acontecido! Mas foi libertador, foi ótimo dançar como nada tivesse acontecido, só teria sido melhor se tivesse sido num Sábado em vez de um Domingo, nunca saí de um casamento tão cedo.
Finalmente limpei a marquise – algo que estava a dizer que “devia” fazer desde Novembro e tem sido fantástico comer o almoço e jantar lá. Não o fazemos sempre mas estou satisfeita de ter passado o ano passado a fazê-la perfeita, tem-se tornado o meu cantinho favorito do meu pequeno favorito.
Fiz bimbap pela primeira vez! É uma daquelas coisas que queria fazer há muito tempo mas nunca fiz, e agora que já fiz uma vez já fiz mais 2 vezes. Fiz várias versões: de porco, de atum, vegetariano, vegan, todas as versões estavam deliciosas e um sucesso ao levar para picnics. Vou fazer isto mais vezes, é perfeito para os meses mais quentes.
No mês de Maio participei em muitos mercados de trocas através do @letswap.pt– nos últimos meses tenho tido um papel mais ativo nos eventos e sou uma das colaboradoras, tem sido divertido!
Fui a um concerto “Candlelight” com músicas da Taylor Swift e foi muito bom, as velas não eram nada de especial mas a música era top e foi bom saber e estar entusiasmada por todas as músicas que tocaram.
E como disse, costurei imenso! Tenho fotos mais bonita mas este tipo de posts precisa de fotos de telemóvel!
E isto era o caos da minha secretária! Um dia hei-de ter um quarto só para os meus projetos 🙂
Parei completamente de tricotar este mês mas fiz bastantes flores para o meu cobertor em crochê, tem sido bom ver novelos que não usava em alguma coisa.
Também tenho lido muito, escrevo sempre algumas palavras sobre os livros que leio no goodreads, dificilmente chamaria a elas reviews e estão 100% enviesadas com os meus gostos mas se tiverem curiosos podem ir à minha conta do Goodreads se quiserem. Dois livros que adorei e nem preciso de ir ao Goodreads que quero salientar: “Rock Paper Scissors” e “Romance de Verão”.
Voltei a ver o anime “Ouran High School Host Club”, que é baseado num dos meus mangas favoritos, com esperança de matar o meu desejo de reler o manga (muitos volumes!) mas depois de ver o anime todo…só queria era reler o manga, e é o que ando a fazer e está a ser fantástico, a história é boa mas é também muito divertido, é parvo e fazem o maior dessa parvoíce, inclusive gozam com ela.
E no último dia de Maio, fiz uma ressonância magnética e há prova que há algo realmente errado com o meu pulso (tenho tido bastantes dores a usar o pc – daí também passar menos tempo nele), é bom saber que há alguma coisa, quando algo se torna tangível começa imediatamente a ser menos assustador certo? Tenho uma lesão osteocondral semi lunar. Vou usar um imobilizador esperando que isso seja suficiente para tratar da lesão.